por Dr. Heanes Troglio Pfluck | 22 mar, 2021 | Cirurgia de Pterígio
Conhecido também como “carne no olho”, o pterígio é uma lesão que afeta a conjuntiva do olho e é mais comum do que grande parte da população imagina.
Normalmente o pterígio pode evoluir de maneira lenta e parar de evoluir temporariamente, porém pode se desenvolver a qualquer momento. Em casos mais graves, é possível que cresça até afetar a visão. Quer entender o que é essa doença e como tratá-la? Então, prossiga com a leitura do conteúdo!
O que é pterígio?
O pterígio ou “carne crescida”, nada mais é do que uma membrana que cresce sobre a córnea, e assim, invade a superfície ocular, em direção ao centro do olho, podendo atingir a pupila. Geralmente a lesão cresce lentamente ao longo da vida. Em casos mais graves, ela pode crescer de tal maneira que cobre toda a pupila e atrapalha a visão.
O pterígio ocular pode variar desde uma lesão pequena a lesões grandes, agressivas ou fibrovasculares que podem distorcer a topografia da córnea e em casos avançados cobrir o eixo visual e centro da córnea.
Geralmente a doença afeta pacientes que passam muito tempo ao ar livre, expostas ao sol, poeira e ao vento, podendo afetar ambos os olhos. O pterígio não é um problema grave, porém pode provocar sintomas e sinais bastante desagradáveis.
Como tratar o pterígio?
Se os sintomas forem moderados, e o tamanho pequeno, o pterígio não requer tratamento, controle com colírios lubrificantes pode ser suficiente. Entretanto, com o agravamento temporário da doença, é necessário tratar o pterígio com colírios anti-inflamatórios. Em determinados casos, é preciso efetuar um tratamento cirúrgico.
O diagnóstico é feito pelo oftalmologista por meio de uma avaliação dos sintomas apresentados pelo paciente e as alterações no olho por meio de exames oftalmológicos. Dessa forma, o diagnóstico é necessário para que o tratamento seja iniciado o quanto antes, pois assim é possível aliviar os sintomas e prevenir o crescimento excessivo do tecido.
Cirurgia de pterígio
Como vimos acima, a cirurgia de pterígio é indicada quando o tecido cresce de forma excessiva, e além de desconforto estético, a capacidade visual do paciente é comprometida. A cirurgia é feita sob anestesia local, dura em média 30 minutos e consiste na remoção do tecido que se encontra em excesso.
Em seguida é realizado um transplante de conjuntiva para cobrir o local da lesão. Apesar da cirurgia promover a remoção do tecido, é necessário que sejam adotados alguns cuidados com os olhos, como uso de óculos de sol e bonés, pois a doença pode voltar.
Além do mais, é importante utilizar também lentes que possuem filtro contra a luz ultravioleta do sol. Deste modo, é possível evitar que outros fatores beneficiem o desenvolvimento do pterígio.
Também é importante que o paciente com pterígio seja acompanhado regularmente pelo oftalmologista para que o crescimento do tecido seja avaliado frequentemente para verificar se há comprometimento da visão, sendo indicado nesses casos a realização de cirurgia.
Ainda ficou com dúvidas sobre o pterígio e gostaria de conversar com um especialista? Então, agende sua consulta online!
por Dr. Heanes Troglio Pfluck | 1 mar, 2021 | Oftalmologia Clínica
Você já ouviu falar sobre a síndrome do olho seco? A condição que acomete principalmente mulheres também é conhecida como Síndrome da disfunção lacrimal e afeta milhões de brasileiros.
Essa síndrome é uma anomalia na produção ou na qualidade da lágrima, assim ela provoca um ressecamento da superfície ocular. Entre seus sintomas estão, vermelhidão, coceira e sensação de areia nos olhos.
A síndrome afeta principalmente mulheres mais velhas, porém, a condição pode ocorrer em qualquer sexo e idade. Quando a situação não é tratada adequadamente, pode evoluir para casos mais graves como a perda da visão.
Quer descobrir quais as principais causas, sintomas e tratamentos da síndrome do olho seco? Então, continue lendo este texto até o seu final!
O que é a síndrome do olho seco?
Como vimos acima, a síndrome do olho seco é uma anomalia na produção e qualidade da lágrima. Na síndrome do olho seco as lágrimas não são capazes de fornecer lubrificação adequada para os olhos.
Os principais sintomas incluem:
- Sensação de olho seco;
- Sensação de corpo estranho nos olhos;
- Olhos vermelhos;
- Lacrimejamento excessivo;
- Ardência dos olhos;
- Intolerância à luz (Fotofobia);
- Visão turva ou embaçada.
Os sintomas podem piorar no final do dia e em condições de baixa umidade como ar condicionado, vento, entre outros. Além disso, situações mais graves podem causar morbidade que podem levar ao comprometimento da córnea e até a perda da visão.
Desta maneira, as lágrimas podem ser inadequadas por baixa produção ou por uma produção de baixa qualidade. Agora que você já sabe o que é a Síndrome do olho seco, veja abaixo quais são as principais causas da doença.
Quais as principais causas?
Entre as principais causas podemos destacar:
- Diminuição da função das glândulas lacrimais;
- Perda do componente aquoso da lágrima resultante do envelhecimento;
- Doenças sistêmicas e autoimunes;
- Medicamentos;
- Evaporação provocada por fatores ambientais;
- Anormalidades nas pálpebras;
- Lesões oculares, cistos, conjuntivite, cirurgias para correção de miopia;
Entre outras.
Tratamentos para Síndrome do olho seco
O tratamento começa essencialmente pelo uso de lágrimas artificiais em colírio aplicado algumas vezes ao dia seguindo as recomendações de um oftalmologista. Em alguns casos somente o uso do colírio não é suficiente, por isso, pode ser preciso utilizar também antibióticos, anti-inflamatórios, entre outros medicamentos eficazes para controlar a doença.
Além desses tratamentos, a cirurgia também pode ser indicada para alguns casos. No procedimento os canais de drenagem das nossas lágrimas podem ser fechados. Dessa forma, a cirurgia ajuda na retenção de mais lágrimas nos olhos e assim, colabora para mantê-los mais úmidos.
Apesar de não haver apenas um método eficaz para tratar os olhos secos para todos, esses tratamentos podem ajudar a combater a Síndrome do olho seco. Consultar um médico oftalmologista sobre o melhor tratamento para olhos secos, é fundamental para o sucesso do tratamento. Quer descobrir qual o tratamento mais indicado para você? Então, entre em contato e agende uma consulta agora mesmo!
por Dr. Heanes Troglio Pfluck | 22 fev, 2021 | Cirurgia Refrativa
Os erros de refração mais comuns são a miopia, astigmatismo e hipermetropia. Esses sintomas podem ser corrigidos por meio de lentes corretoras como lentes de contato e óculos e principalmente com a cirurgia refrativa.
A tecnologia tornou-se uma grande aliada da oftalmologia e deixou os procedimentos oftalmológicos, como cirurgias e exames, mais seguros, precisos e confortáveis aos pacientes.
Dessa forma, um dos procedimentos mais beneficiados por esse avanço é a cirurgia de correção dos erros refrativos.
Quer saber mais sobre esse procedimento? Então leia este texto até o seu final e saiba mais sobre essa inovação da oftalmologia. Confira!
O que é a cirurgia refrativa?
A refração é o estudo que analisa a passagem de luz de um meio para outro. Quando a luz entra em nossos olhos, ela também sofre o fenômeno da refração, ou seja, a mudança de meios da atmosfera para o interior do olho.
Com o estudo da refração do olho podemos analisar se o olho está focalizando de maneira adequada e assim possibilitando imagens nítidas. Um olho que não consegue uma focalização correta sofre, portanto, com os erros de refração.
Sendo assim, a cirurgia refrativa é um procedimento a laser que altera a curvatura da córnea, modelando seu formato para corrigir os principais erros refrativos.
Antigamente a cirurgia refrativa dividia opiniões, pois era um procedimento novo, com poucas opções de segurança, recursos e pós-operatório.
Porém, atualmente, a tecnologia mudou, e a cirurgia é realizada com segurança e tranquilidade. Além do mais, oftalmologistas defendem o uso desse procedimento principalmente para pacientes com alto grau.
Como funciona a cirurgia refrativa?
Também conhecida como cirurgia de correção de grau, a cirurgia refrativa é indicada para pacientes que querem retomar suas atividades do cotidiano com mais independência do uso de lentes de contato ou óculos, já que com o procedimento é possível corrigir o grau ocasionado pela miopia, astigmatismo ou hipermetropia.
Atualmente há três tipos mais comuns de cirurgias refrativas. Confira mais sobre cada uma delas a seguir.
Cirurgia refrativa a laser
Um dos métodos para realizar a cirurgia refrativa de correção de grau a laser é com o método PRK. Durante esse procedimento o oftalmologista realiza uma raspagem na parte externa da córnea do paciente e aplica um laser diretamente para corrigir e alterar a curvatura da córnea.
Cirurgia refrativa a laser LASIK
Na cirurgia refrativa a laser LASIK, o oftalmologista realiza a abertura de uma lamela do olho e, por meio desta abertura, o laser corrige o grau ocular do paciente.
A cirurgia é realizada de duas maneiras, que mudam de acordo com as necessidades do paciente. A criação da lamela pode ser feita com uma lâmina chamada de microcerátomo, ou então, na técnica mais moderna, a criação do FLAP (lamela) é feito com o Laser de Femtosegundo, tornando a cirurgia 100% a laser e com rápida recuperação visual.
LASIK não é recomendada em pacientes com a córnea muito fina, por isso a avaliação para esse tipo de cirurgia deve ser feita com médico oftalmologista especialista e capacitado.
Cirurgia refrativa com lente intraocular
Para pacientes que não podem realizar a cirurgia a laser é indicado a cirurgia com lente intraocular fácica. Neste procedimento a lente é definitiva e é indicada para olhos que possuem a curvatura da córnea mais fina ou graus de miopia, ou astigmatismo mais altos.
Na cirurgia a lente intraocular é implantada no olho através de uma pequena incisão.
Como é o pós-operatório da cirurgia refrativa?
A recuperação e pós-operatório da cirurgia refrativa varia de um paciente para outro. A PRK tende a ter uma recuperação um pouco mais lenta e dolorida nos primeiros dias.
Em geral, a recuperação total da visão ocorre cerca de três meses após a cirurgia, entretanto a estabilização da visão pode ocorrer antes. Em alguns casos, para que os olhos se recuperem bem e o paciente consiga voltar a sua rotina normal é preciso usar colírios e lentes de contato terapêuticas. Cada caso vai depender da técnica cirúrgica realizada e da recuperação fisiológica de cada paciente.
Além do mais, é importante seguir rigorosamente as recomendações do oftalmologista. Se você quer saber mais sobre a cirurgia refrativa e suas indicações? Entre em contato e agende uma consulta!
por Dr. Heanes Troglio Pfluck | 27 jan, 2021 | Ceratocone, Transplante de Córnea
Antes de falarmos sobre o transplante de córnea, precisamos entender qual a importância dessa estrutura para a nossa visão. A córnea é um tecido fino, resistente e que fica localizado na parte frontal do olho. Assim ela é a primeira interface que a luz atravessa.
A córnea permite a entrada da luz e trabalha nas tarefas de foco, acompanhada da íris, área colorida do olho, e da pupila. Desse modo, as imagens são interpretadas pelo cérebro como se fosse uma janela.
Como a córnea é avascular, ela é mantida pelo filme lacrimal, humor aquoso e pela difusão de vasos presentes no limbo. Sendo assim, a refração, grau dos óculos, varia de acordo com a curvatura da córnea.
Algumas doenças afetam diretamente as córneas e podem ser tratadas com medicamentos tópicos. Porém, em casos mais graves é preciso substituir essa parte dos olhos por meio do transplante de córnea para que a visão seja recuperada. Continue lendo este artigo e esclareça todas as suas dúvidas sobre esse assunto!
Transplante de córnea: como é a cirurgia?
Como vimos acima algumas doenças podem ser curadas apenas por meio do transplante de córnea. No procedimento, a córnea doente é substituída por outra saudável de um doador.
A cirurgia é realizada com anestesia local, com sedação, num procedimento sem necessidade de internação hospitalar e indolor. Por meio de um microscópio cirúrgico o oftalmologista realiza a medição do olho para então definir a área exata que receberá o transplante.
A córnea doente é retirada cuidadosamente através de uma incisão circular. Em alguns casos pode ser necessário procedimentos complementares, como a retirada de uma catarata. Finalizados os procedimentos necessários, a córnea saudável é fixada no local por meio de suturas.
Atualmente existem três tipos de transplante de córnea. Conheça cada um deles abaixo.
Penetrante
O transplante penetrante é o que envolve mais riscos, pois afeta todas as camadas da córnea do doador. Nesse modelo de transplante a taxa de rejeição é um pouco mais elevada do que em outros modelos. Além disso, o tempo de recuperação é um pouco maior.
Lamelar anterior
Em doenças que envolvem apenas as camadas anteriores da córnea, como o ceratocone por exemplo, podemos realizar o transplante preservando a camada posterior do paciente. Assim realizamos uma substituição parcial da córnea. Essa técnica oferece um menor risco de rejeição e complicações a longo prazo.
Endotelial
Assim como no transplante lamelar anterior, o foco deste modelo de transplante é evitar a retirada completa da córnea, substituindo apenas a parte comprometida. Em doenças que comprometem as células endoteliais da córnea, a camada mais interna, podemos substituir apenas essa região no transplante. Existem técnicas cirúrgicas específicas para cada caso conhecidas como DSAEK e DMEK.
O paciente tem uma recuperação visual mais rápida, em média 3 meses após a cirurgia em comparação com o transplante total da córnea que leva de 6 meses a 1 ano para total recuperação.
Recuperação
O tempo médio de recuperação varia dependendo do tipo de transplante como vimos acima.. No início a visão pode ser pior que antes da cirurgia, e depende da forma como o olho se ajusta à nova córnea. Sendo assim, a recuperação até a acuidade visual melhorar pode levar alguns meses.
Muitos pacientes que se submetem ao transplante de córnea terão a visão, no mínimo parcialmente restaurada. Como qualquer outro transplante o risco de rejeição da córnea e complicações permanecem durante anos. Em muitos casos a rejeição da córnea é controlada apenas com medicamentos.
Consulte sempre um especialista em córnea para avaliar suas queixas e descobrir em que medida o transplante de córnea pode solucionar o seu problema e devolver sua qualidade de vida. Entre em contato e agende uma consulta agora mesmo!
por Dr. Heanes Troglio Pfluck | 21 jan, 2021 | Ceratocone, Crosslinking, Implante de Anel Intraestromal, Transplante de Córnea
O Ceratocone é uma doença não inflamatória que prejudica a estrutura da córnea, que é a camada fina e transparente que cobre toda a frente do globo ocular. A doença é caracterizada pela redução gradativa da espessura da córnea, assim ela acaba sendo empurrada para fora, causando uma saliência em formato de cone.
Nossa córnea funciona como uma lente fixa, anterior à íris, a área colorida dos olhos, e, através da pupila, projeta a luz sobre a retina. As alterações na curvatura e transparência da córnea podem prejudicar nossa visão. Assim, o Ceratocone atrapalha e prejudica a projeção de imagens nítidas na retina e pode causar um grau elevado de miopia, astigmatismo e até a perda da visão.
Quer saber os principais tratamentos para a doença? Então, leia este texto até o seu final e saiba mais sobre este assunto!
Quais as causas do Ceratocone?
Atualmente não é possível afirmar a causa exata do Ceratocone. Entretanto, alguns estudos mostram que inúmeros fatores podem ocasionar a doença, entre eles fatores ambientais e genéticos. Dentre os fatores que podem ocasionar a doença estão:
- Histórico familiar;
- Esfregar ou coçar os olhos com frequência;
- Alergias como rinite, asma e dermatite;
- Síndrome de Down;
- Síndrome de Ehlers-Danlos.
A doença acomete com mais frequência os adolescentes e pode estabilizar-se ou prolongar-se ao longo dos anos. Sua evolução normalmente é lenta, e os seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças, porém em alguns casos ela pode evoluir rapidamente em poucos meses. Descubra abaixo como tratar o Ceratocone.
Tratamentos para Ceratocone
A escolha do tratamento para a doença varia de acordo com sua gravidade e a sua velocidade de evolução.
Em graus moderados a doença pode ser tratada com lentes de contato e óculos. Em muitos pacientes, a córnea estabiliza após alguns anos. O uso de óculos não corrigem a visão totalmente, porém é um dos melhores tratamentos para casos leves.
Por outro lado, as lentes de contato para Ceratocone são especiais e precisam ser rígidas para regularizar a superfície da córnea. Muitos pacientes podem ser tratados de forma conservadora com as lentes de contato. Entretanto, os casos mais sérios, com córneas muito proladas em formato de cone não suportam o uso de lentes, por isso os tratamentos que veremos a seguir são os mais indicados. Confira.
Crosslinking de córnea
O crosslinking de córnea é um tratamento cirúrgico que tem como objetivo aumentar a resistência da córnea e assim aumentar sua estabilidade. A cirurgia visa diminuir a evolução do Ceratocone, retardar e evitar um possível transplante de córnea no futuro.
Anel de Ferrara (anel corneano ou anel intraestromal)
A cirurgia é realizada sob anestesia local e constitui-se da implantação de um arco rígido de acrílico na córnea, com a missão de esticá-la, mudando sua curvatura e diminuindo o Ceratocone. A cirurgia é tão eficiente que alguns pacientes nem precisam mais de lentes ou óculos após o procedimento. Pode ser realizada com auxílio de laser de femtosegundo permitindo uma precisão e resultados ainda melhores.
Transplante de córnea
O transplante de córnea é o tratamento mais invasivo para a doença e é escolhido em casos mais graves e avançados.
Ao contrário da taxa de sucesso de outros transplantes de órgãos, o receptor não precisa tomar medicamentos imunossupressores após o transplante. Além do mais, a taxa de sucesso do transplante ultrapassa os 90%.
Conclusão
Como vimos neste texto, o Ceratocone ainda não possui uma causa específica, nem um método 100% seguro para prevenir a doença. Porém, sabemos que está associado a frequência que coçamos os olhos, por isso recomendamos que você evite essa prática.
Além do mais, para que o diagnóstico do Ceratocone seja realizado corretamente é necessário a visita a um oftalmologista que irá avaliar todo o seu histórico familiar e fará exames específicos do seu olho e córnea. Sendo assim, agende sua consulta e obtenha orientação de um profissional especialista.